Visita de Li Keqiang ao Brasil vai trazer novos pontos de crescimento para comércio sino-brasileiro, diz especialista da Academia Chinesa de Ciências Sociais

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O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, partiu nesta segunda-feira (18) para a sua visita à América Latina, tendo a sua primeira estadia no Brasil. Em relação à cooperação na capacidade produtiva, um dos principais temas dos encontros entre o premiê chinês e os líderes brasileiros, o diretor do escritório para a pesquisa do Brasil da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Zhou Zhiwei, defendeu que a cooperação na capacidade produtiva irá criar novas oportunidades para o comércio sino-brasileiro, ajudando na reestruturação comercial dos dois países.


O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, partiu nesta segunda-feira (18) para a sua visita à América Latina, tendo a sua primeira estadia no Brasil. Em relação à cooperação na capacidade produtiva, um dos principais temas dos encontros entre o premiê chinês e os líderes brasileiros, o diretor do escritório para a pesquisa do Brasil da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Zhou Zhiwei, defendeu que a cooperação na capacidade produtiva irá criar novas oportunidades para o comércio sino-brasileiro, ajudando na reestruturação comercial dos dois países.

«As relações sino-brasileiras, com base sólida e rápido desenvolvimento, enfrentam atualmente alguns desafios, sobretudo com a influência da estagnação da economia chinesa e a sua reestruturação. Nesse contexto, a China reduziu a demanda por commotidies, uma das principais áreas de cooperação entre os dois países. A cooperação na capacidade produtiva, porém, irá trazer novos pontos de crescimento para o comércio bilateral, ajudando a escalada comercial.»

A China e o Brasil, sendo ambos países em desenvolvimento, possuem uma necessidade de desenvolvimento. A China tem acumulado experiências no processo de industrialização, em particular na área das infraestruturas. O Brasil, por outro lado, está apostando no aumento da competitividade industrial. A cooperação na produtividade entre os dois países, para além de ser possível, é viável e sustentável, argumentou Zhou Zhiwei.

«A China e o Brasil possuem condições básicas para cooperar na capacidade produtiva. A China possui vantagens no que diz respeito ao volume industrial, tecnologia e produtividade, enquanto o Brasil está promovendo gradualmente a escalada industrial e o aprimoramento da estrutura, com o objetivo de aumentar a competividade da indústria. No passado, as exportações brasileiras para a China consistiam principalmente em produtos básicos como mineiros e sojas. Com a cooperação na capacidade produtiva, os produtos vindos do Brasil poderão ser mais diversificados, com maior valor agregado. Isso corresponde às políticas de comércio exterior do Brasil.»

Ainda segundo Zhou Zhiwei, a maior vantagem que a cooperação na capacidade produtiva poderá oferecer, está em garantir o crescimento sustentável das relações econômico-comerciais entre a China e o Brasil.

«O significado essencial da cooperação da capacidade produtiva é incentivar o desenvolvimento sustentável do comércio sino-brasileiro. Ela também promove o investimento chinês no Brasil. Se os dois países forem bem sucedidos em estabelecer uma boa ligação entre a demanda e a oferta, o investimento chinês irá suprimir a falta de dinheiro no desenvolvimento econômico brasileiro.»